Imagem de Scripps Institution of Oceanography, em Atol Palmyra
Como traduzimos em primeira mão em nosso site a notícia que o Obama propõe criação do maior santuário oceânico do mundo, a notícia está bem próxima de acontecer segundo o Washington Post.
O presidente Obama irá usar sua autoridade legal na próxima quinta-feira para criar a maior e inteiramente protegida reserva marinha do oceano Pacífico Central, demonstrando seu interesse em avançar a agenda de conservação sem a necessidade do Congresso. Aumentando a área do monumento marinho nacional das ilhas remotas do Pacífico de 87.000 milhas quadradas para mais de 490.000milhas quadradas, Obama tem protegido mais acres de terras federais do que qualquer outro presidente nos últimos 50 anos e ainda criar essa área além dos limites da pesca comercial.
A proteção – O secretário de estado John F. Kerry anunciou durante uma conferência sobre oceanos em Nova York que irá significar um aumento de proteção dos mares profundos, especialistas dizem estar entre os sistemas mais vulneráveis às mudanças climáticas. O documento assinado por Obama nota que a área expandida contém objetos insignificantes e de interesses científicos que são parte de uma alta e prestigiada área em um sistema que possui diversidade biológica única. “Nós temos a responsabilidade de fazer o certo para que nossas crianças têm o mesmo futuro que nós tivemos, o oceano que nós temos hoje seja o mesmo que elas terão amanhã.”
Kerry falou na conferência, uma sequência da outra conferência sobre oceanos que ele presidiu em Junho. “E nós estamos falando sobre uma área correspondente ao tamanho de dois Texas, que será protegida para sempre.” Enquanto a nova versão é mais tímida que a versão anterior apresentada em Junho, faz dessa a décima segunda vez que o presidente Obama utiliza o ato constitucional 1906 pra proteger ecossistemas. A decisão continua a permitir a pesca no entorno de ilhas a atóis mirando limitar o impacto nas atividades pesqueiras dos Estados Unidos.
Esse movimento unilateral surge pois a administração tem achado extremamente difícil de alcançar muitas de suas outras prioridades domésticas. Consumida pela crise exterior e bloqueada pelo legislativo em casa dominado por Republicanos, o presidente e sua equipe tem trabalhado metodicamente para alcançar os objetivos ambientais através de ações pelo executivo. Mesmo que use sua autoridade para expandir um monumento primeiramente estabilizado por George W. Bush em 2009, a Casa Branca está preparando o ato sob a mesma lei pra designar monumentos nacionais no distrito histórico de Chicago, Pullman e também nas montanhas de San Gabriel, nordeste de Los Angeles.
Imagem de Kydd pottock em Atol Palmyra
“Eu espero que nós não estejamos em um caminho sem volta”, falou Kristeb Brengel, diretor sênior de política para a Associação de Conservação dos Parques Nacionais. Notando que muitas das propostas mirando criar parques e áreas selvagens estão paralisadas no Congresso. É um direito da comunidade de poder ir ao presidente e dizer, “Nós não podemos ter essa proposta aprovada pelo congresso, você pode nos ajudar nessa situação?”
O conselheiro da Casa Branca, John D. Podesta deixou claro durante um jantar semana passada celebrando o 50 aniversário do Ato de vida selvagem que Obama estava ansioso para criar novos monumentos nacionais antes de deixar o mandato. Obama segue os mesmos passos de seus antecessores quando se fala em usar os Atos: Bill Clinton criou 23 monumentos nacionais, de acordo com o NPCA, enquanto Franklin D. Roosevelt criou 22. “E acredite em mim, acredite, a caneta de assinar dele ainda tem alguma tinta pra ser usada”, falou Podesta, sendo aplaudido por ativistas que estavam presentes. Rep. Rob Bishop, que preside o subcomitê da Casa de Recursos Naturais em terras públicas e regulamentação ambiental, falou em uma entrevista que o presidente tem esticado as leis de proteção de tesouros arqueológicos e “está fazendo isso sem nem mesmo ouvir quem sabe sobre o assunto.”
“Ele está usando o Ato de Antiguidades não para salvar ou preservar nada, mas como uma arma política antes das eleições,” falou Bishop, acrescentando que seu comitê visa o avanço das propostas ambientais, mas encontrou resistência dos Democratas os quais se querem que haja permissão pra o tráfico de veículos em algumas das aéreas. Sob a nova designação, a administração vai expandir a áreas inteiramente protegidas de 50 milhas fora da costa de três áreas remotas – Atol de Johnston, atol Wake e ilhas Jarvis – para 200 milhas, o máximo dentre o espaço dos Estados Unidos sob a zona exclusiva econômica. A área existente de 50 milhas no entorno do recife de Kingman e do atol Palmyra, assim como nas ilhas Howland e Baker, que são também parte dos monumentos já existentes não irão mudar.
Imagem de Erik Oberg em Atol Palmyra
Obama tem protegido 297 milhões de acres em terras e águas federais através de medidas do executivo, ultrapassando George W. Bush, que protegeu 211 milhões de acres. Enquanto as ilhas em questão estão desabitadas, pescadores de atum dos EUA e alguns oficiais no Havaí e na Samoa Americana tem se posicionado contra a expansão que podem fazer mais difícil a captura de atum e outras espécies em certas épocas do ano. Peixes pegos na área ao redor de todos os Atóis e ilhas são responsáveis por 4% de atuns pegos nos EUA anualmente, de acordo com o Pew Charitable Trusts.
Sean Martin, presidente de uma associação de pesca no Havaí que organizou uma excursão de ônibus trazendo 100 pescadores para uma reunião pública em Honolulu no último mês, falou que os 145 barcos de pesca da região querem “ter a oportunidade de ir aonde os peixes estão.” Claire Poumele, diretora da Autoridade Portuária da Samoa Americana, falou que ela está preocupada com os $600 milhões de dólares em peixe que o seu território processa todo ano: “isso realmente poderia ser impactante.”
Cientistas e conservadores que tem tentado conseguir maiores monumentos argumentam que essas embarcações podem catar atum fora da área protegida e que a zona fornece não apenas 130 montanhas subaquáticas que servem como um antro de biodiversidade, mas que quase duas dúzias de mamíferos marinhos, cinco tipos de tartarugas marinhas ameaçadas, uma grande variedade de tubarões e outras espécies de peixes predadoras. Referindo-se às três áreas adjacentes que agora terão mais atividades restritas, a proclamação presidencial cita, “essas áreas adjacentes possuem um grande número de montanhas subaquáticas que proporcionam um habitat para colônias de corais com milhares de anos de idade,” adicionando que “esse ecossistema fornece moradia e abrigo para atuns, tartarugas, raias manta, tubarões, cetáceos e aves marinhas que tem envolvimento com uma cadeia que depende em grandes predadores marinhos”. “Se você colocar de lado toda a emoção e também a retórica em ambos os lados, menos de 3%do Pacífico está sob proteção efetiva,” afirma Professor Robert H. Richmond da universidade do Havaí.
Imagem de Kydd pottock em Atol Palmyra
Elliot Norse, chefe do Instituto Marinho de Conservação, que tem conduzido pesquisas subaquáticas desde 1969, falou “os mares tem sido esvaziados”. Matt Rand, que lidera o projeto Pew Charitable Trust’s Global Ocean Legacy, falou que por causa de mais de meia dúzia de outras nações estão considerando criar novas áreas protegidas no pacífico, “isso pode gerar uma onde que pode propulsar essas reservas a se tornarem uma realidade.” Juntos com os Estados Unidos, essas áreas podem tomar mais de 2.3 milhões de milhas marinhas.
[box type=”success” ] Colabore conosco ou ajude a aperfeiçoar esse material. Utilize o campo de comentários para tirar dúvidas e interagir sobre esse assunto. Fonte: Washington Post [/box]