Mais comum do que imaginamos, fósseis de peixes são encontrados em muros e decorações.
O que parece muito bonito, na verdade é proibido por lei. O médico veterinário Alberto Campos encontrou cerca de 15 fósseis de peixes e um com asa de inseto nos muros de um prédio residencial em Aflitos, bairro de Recife.
De acordo com o veterinário, formado pela UFRPE, eles têm entre 40 e 150 milhões de anos e são retirados, sem nenhum controle, do Cariri, no Ceará. “Imagina quantos fósseis foram destruídos em construções para enfeitar a piscina das pessoas”.
Veja o depoimento dele na integra:
Em um muro de um prédio nos Aflitos, como em centenas de muros de outros prédios de Recife e também nas bordas de muitas piscinas eles usam uma rocha sedimentar para ornamentar. Essas rochas tem entre 40 e 150 milhões de anos. Elas pertencem a um período quando ainda existia a Pangéia e nela existem inúmeros tipos de fósseis. Elas sao retiradas do Cariri, no Ceará, e vendidas sem nenhum controle, o que é proibido. Não se pode vender rochas com fósseis encrustrados. Só nesse prédio, encontrei aleatoriamente 15 fósseis de peixes e uma asa de um inseto. Imagina quantos fósseis foram destruídos em construcoes para enfeitar a piscina das pessoas. Fósseis mais antigos que o Cretaceo, de no mínimo 40 milhões de anos atrás. História Geológica da Bacia do Araripe
A venda é feita sem nenhum controle ou regulamentação dos órgãos oficiais, o que destrói parte da história. Muitas dessas rochas têm fósseis incrustados e no Brasil a venda é proibida e estabelece crime contra o patrimônio. Além disso, a constituição diz que todo fóssil encontrado no país é de propriedade do estado, invalidando assim, qualquer tipo de comercialização.
Notícia enviada pela jornalista Beatriz Oliveira